segunda-feira, 5 de fevereiro de 2007

(In)Consciência

Dizem que está na consciência de cada um o que quer para o seu futuro.
Ok, até posso aceitar, mas esquecem-se que as consequências são demais, são profundas, que deixam marcas para todo o sempre, não só a nível psicológico que pode ou não ser ultrapassado, mas físico também...
Uma vez tive de fazer um trabalho sobre o aborto e fiquei chocada com a quantidade de barbaridades que as pessoas pensam, dizem e fazem... É um insulto à vida...
Confesso que o trabalho correu bem e surtir efeitos...
Outro dia, na viagem de regresso a casa estava a dar na rádio uma das opiniões do "sim"... Era sobre um casal, ambos trabalhavam, recebiam um bom salário e decidiram que estava na altura ideal para ter um filho. Ela engravida. Ele fica sem emprego e com isto sem condições para terem o filho. Qual a solução? Abortar.
Fiquei de rastos...
Se até as gravidezes planeadas e desejadas podem ser rejeitadas como se pode condenar quem não tem condições?
Por que razão se pode matar um filho ainda que um feto e não se pode matar um homem qualquer?
Por que se pode matar um filho e não se pode matar um pai?
"Se os pais podem matar os filhos, quem protege os meninos?", "Pai, quando fores velho e senil posso usar a eutanásia? Isso já não siginica good death, mas sim good bye". E são frases como estas que nos tocam.
Como podemos nós pensar em ter um filho e amá-lo incondicionalmente depois de termos feito um aborto? Como explicaremos isso ao nosso filho?
Bem, isto se algum dia se conseguir voltar a engravidar, visto um dos efeitos do aborto ser a esterilidade e natimortos...
Matar é cruel. Principalmente alguém indefeso.
Mas afinal qual a finalidade deste referendo? Vamos despenalizar ou liberalizar?
Se responderem "despenalizar"... Ok, a nossa lei diz que a mulher tem 3 anos de prisão, mas será que tem mesmo? Será que ela é presa? Não. Não há uma única mulher presa por ter praticado o aborto... Então, qual a preocupação??
Se responderem "liberalizar"... Então vamos liberalizar todo o tipo de mortes, sim, já podes sair à rua e dar matar a primeira pessoa que te aparecer na rua. Não? Mas então... Vá lá pessoal, qual a diferença?? Nenhuma na verdade... Estás a matar uma vida em qualquer das formas... E acredita que a dor de matar um filho é bem maior do que matar um desconhecido. Então vamos liberalizar o quê?
"Digo sim à vida e não à morte", mas é a favor do aborto.
"Digo sim à dignidade das mulheres", mas é a favor do aborto.
Bastam estas duas frases, não há necessidade de mais. Afinal em que ficamos? A favor ou contra? Porquê a controvérsia? É estupidez... Ganhava mais estando calado.
Onde, digam-me, onde é que uma mulher ganha dignidade maltratando o seu corpo? Se não queriam ficar grávidas que não dessem ou vendessem os seus corpos, que usasem os métodos aos quais todos nós temos acesso quer pagando, quer gratuitamente. Vergonha? Não será maior a vergonha de tirar um filho? Tirar? Corrijo, MATAR.
Eu tenho a minha opinião e respeito todas as opiniões, iguais ou diferentes da minha.
Por isso, seja qual for a tua opinião, não te isoles.
Dia 11 de Fevereiro é dia de votar.
Vota sim ou vota não dependendo da tua consciência. Mas o importante é votares. Simplesmente VOTA.

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