quinta-feira, 28 de novembro de 2013

O meu pequenino mundo...

Antigamente, eu adorava encontrar pessoas que me entendessem. Pessoas que viessem com uma palavra certa, na hora certa. Melhor dizendo, pessoas que viessem exactamente com o que eu quisesse ouvir. Hoje sei que isso é ilusório; e que amigos de verdade não dizem o que tu queres ouvir. Dizem o que tu precisas ouvir; o que é bem diferente. Mesmo que isso doa, magoe, destrói ainda mais. A sinceridade é um mal necessário. Só assim vemos quem realmente merece a nossa companhia e/ou amizade. Somente dessa forma sabemos quem temos por obrigação manter ao nosso lado quando já estivermos "bem de novo".

Enfim, de todas as minhas certezas, a que eu tenho, com convicção, é a de que se nem eu mesmo me entendo, como querer que alguém me entenda? Já não quero palavras "desenhadas"; nem mesmo palavras bonitinhas para alguém "bonzinho e simpático". O que eu quero é que as pessoas entendam que eu também tenho os meus momentos. Os meus momentos alegres, os meus momentos "viva la vida"; mas também tenho os meus momentos "depressivos". Aqueles momentos em que tu acordas e te achas a mais horrenda das criaturas, aqueles momentos em que tu olhas no espelho e já não te reconheces. Mas é tudo uma fase. Tudo passa. Nada é para sempre. Nem mesmo a vida é para sempre!

Então, para quem não quer dizer nada, eu digo agora: não digas. Fica na tua e eu fico na minha. Mas por favor, só espero que respeitem mais e julguem menos; não somente a mim. Só sabemos a fragilidade de um telhado quando sentimos o peso e a força da pedra atirada. E telhado de vidro; por mais fortes que as pessoas sejam, venhamos e convenhamos, todos têm e de uma hora para a outra ele cai.

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

"A minha vida depois de ti..."

“A minha vida depois de ti…”, mais que um título de um livro, é uma frase que me traz recordações. Recordações de um passado longínquo e ao mesmo tempo, ainda tão recente. Parece que foi ontem, na verdade, em que a nossa convivência era quase plena no dia-a-dia das nossas vidas, mas já se passaram anos, quase 6 anos.
É verdade que pensei que a tua presença na minha vida fosse para sempre e com isso, aprendi que o “sempre” é muito tempo. Permaneces ainda hoje na minha vida, mas não da forma como eu gostaria que o fizesses. Hoje resta-me apenas lembranças daquilo que fui, daquilo que fomos e ao mesmo tempo, daquilo que não conseguimos ser. Hoje ainda resides nos meus pensamentos, é algo que não vou negar, muito menos que ainda sinto saudades tuas ou saudades daquilo que eu fui com a tua presença ao meu lado e por mais voltas que a vida dê, nunca me habituarei à solidão de não te ter aqui comigo.
Podem ser precisos cerca de mil anos para nos voltarmos a encontrar, ou quem sabe, mais ainda, não interessa! Se tivesse a certeza que nos voltaríamos a encontrar, não me importaria de esperar o tempo que fosse necessário. Mas aprendi que o tempo não existe, o que existe somos nós numa passagem durante um tempo, do qual muita coisa experimentamos, e contigo, foram experiências únicas que tive na minha vida. Essas que por mais que tente esquecer teimam em perpetuar-se em lápides de pedra fria, que não me deixam esquecer os dias frios e cinzentos que vivi e vivo após a tua ausência.
Mais que estas dores que senti, piores são aquelas por saber que nunca mais te verei, nunca mais ouvirei a tua voz ou sentirei o teu abraço. E aqui estou eu a escrever tudo isto, mesmo sabendo que é em vão, mesmo sabendo que não vais ler, pois para mim expressar o que sinto em papel é bem mais fácil do que dizê-lo verbalmente.
E se pudesse com que por magia, estalar os dedos e obter um desejo, esse mesmo desejo era o de voltar a rever-te. Depois, poderia o Mundo terminar para mim, mas no meu coração e nos meus olhos, estaria estampada a alegria por poder contemplar-te uma vez mais e dizer-te que ainda me és tão especial, como passaste a ser, desde o primeiro dia em que comecei a fazer parte da tua vida e tu da minha...