domingo, 23 de dezembro de 2007

A Fantasia (tem Brilhos Como As Estrelas) - Mafalda Veiga

Vais pela rua
E finges que navegas
Desancorado até à alma
Percorres os mares do mundo
Hoje és um rei
E finges que te entregas
Ao vento e à tempestade
Como se fosses um vagabundo
À aventura, sente
A maresia e a madrugada
Corre, deixa te levar
Pelo vento quente
Que se cola ao teu corpo
E te embala sempre
Até quereres voltar
A fantasia
Tem brilhos como as estrelas
É morna e doce e apetece
Soltá-la a voar no mundo
Hoje és um rei
Na tua caravela
A navegar
Num sôpro de magia

Solta - Pedro Khima

Solta,
Pega fogo por dentro,
Espalha o medo,
Mas solta…
Faz de mim o inferno,
Solto eterno,
Mas solta o que há em mim.
Traz contigo ar,
Traz o vento que eu não sinto,
E preciso de respirar.
Traz contigo azul,
Traz contigo mar que eu não minto,
E preciso de me inventar.
Queres que faça a luz voltar,
Queres que traga o sol,
Mas não dá, não, não dá.
Queres que deixe o céu entrar,
Que deixe um salto me elevar,
Traz um pouco de ar contigo
E solta o que há em mim.
Traz contigo água,
Traz a chuva que eu já não sinto,
E preciso de me entregar.
Traz contigo cor,
Traz esse calor que eu não minto,
E preciso de te alcançar.

Saltar até morrer - Pedro Khima

Saltar até morrer,
Eu quero ver-te saltar até morrer,
Sempre à tua maneira,
E acordar sem nada a temer.
Até que as teias de luz Te façam sair deste lugar.
E mesmo que sem voltar
Te possa sentir num outro lugar.
E quando a tua cor Me transformar em dor
Escondo-me em sono,
Para que mesmo de olhos fechados
Eu te possa ver.
Sem medo de transpirar,
Sem culpa para arrastar deste lugar…
Até que te faças ir,
Que te faças ouvir,
Para nunca lembrar.
E quando mesmo quase lá no alto,
Nesse salto-viagem,
Conseguires ver com olhos
De quem pintou o céu de azul,
És mar, és chama, és filtro sem senão, solta de razão,
És sede de quebrar, és nada e tudo o mais.
És parte de mim.
És parte de mim.
És mais do que isso,
És parte de mim.

Refúgio - Pedro Khima

Por mais que quisesse ser
Uma eterna canção,
Um perfeito poema...
Um sopro no teu ouvido,
Um suspiro sem dono
Solto à tua espera...
Sei que no dia em que te encontrar
Serei apenas outra vez,
Aquele que um dia não acordou,
Aquele que se deixou ficar.
Sem ponta por onde arder,
De uma chama vazia,
Faço fogo para sempre...
Sem prova do teu calor,
Sem poder respirar-te
A todo o momento...
Sei que no dia em que te encontrar,
Serei apenas outra vez,
Aquele que um dia não acordou e agora quer voltar.
Só mais uma,
Só mais uma,
Dá-me a noite
Só mais uma vez
Só mais uma,
Só mais uma,
Dá-me a noite,
Só mais uma.
Por mais que quisesse ser
Um minuto da noite,
Um segundo do dia.
Um lábio no teu sorriso,
Criador do teu reino,
Preso na tua ilha.
Sei que no dia em que te encontrar,
Serei apenas outra vez,
Aquele que um dia não acordou e agora quer voltar.
Só mais uma,
Só mais uma,
Dá-me a noite
Só mais uma vez
Só mais uma,
Só mais uma,
Dá-me a noite,
Só mais uma vez.
Se um dia foste aroma de sereia,
E foste o mundo que é só meu,
Foste a chuva que me embalou...
Agora que acordei, agora és muito mais...
Se um dia foste fonte de magia,
E foste um dia o meu lugar,
Agora que acordei, irei dormir jamais...
Só mais uma,
Só mais uma,
Dá-me a noite
Só mais uma vez
Só mais uma,
Só mais uma,
Dá-me a noite,
Só mais uma vez

O pincel - Pedro Khima

Desta vez foi de vez,
Quem queria ser foi-se embora,
E agora sou eu
Sempre fiz, sempre fui
Tudo aquilo que não consigo
Contigo, e
Por não mais entender,
Cedi a tudo num só dia,
Sentia por fim.
Mas irei ceder uma vez mais,
Por saber que não sou capaz,
Quando um dia puder... por um dia.
Se apenas fora ninguém,
Bem melhor do que alguém como eu,
Bem sei... Se fora ninguém,
Bem melhor do que alguém como eu...
(melhor do que eu)
Sei que mesmo assim não sei.
Entreguei meu pincel,
Com a certeza de uma novaHistória,
Que pintei, desenhei,
Para que pudesse ser um dia
Melhor do que alguém…
Desta vez, foi de vez,
Agora sei porque não presto,
Despeço-me aqui.

O gesto que é meu - Pedro Khima

Fizeste um gesto que alguém foi copiar,
Um gesto que era apenas meu para dar.
E num instante foste longe no teu jeito de vaguear,
Sem sequer reparar.
De todos, este eu sei de cor, o gesto que é meu.
Pegaste um livro e num momento vulgar,
Tocaste o espaço, fintaste o paranormal.
Subiste o mundo sem olhar para trás,
Num caminho espacial, num gesto em ti banal.
De todos, este eu sei de cor, o gesto que é meu.
Sobra incerto um gesto, que cega e faz tremer,
Num inferno de feroz calor,
Que queima o amanhecer.
Sobre um beijo desfeito entregas sem saber,
O gesto que é meu.
Em tela de água fez-se o tempo parar,
Um tempo que era escasso para pintar.
Em luz dormente um novo enlouquecer,
À luz do teu poder, um gesto a adormecer.
De todos, este eu sei de cor, o gesto que é meu.

Lugar - Pedro Khima

Tenho um meu lugar,
Que guardo só para mim,
Em segredo onde o tempo não tem fim…
E sei onde encontrar,
Se o certo é me perder,
Num instante esse mundo tão meu…
Sei eu, sei eu…
Sei eu, sei eu,
De um mundo só meu…
Só meu, só meu…
Só meu, só meu…
Que há dentro de ti…
Dentro de ti…
E afasto sem quebrar,
Por todo o meu jardim,
Ramos soltos que me querem ver cair…
E sei onde esperar,
Se o certo é me encontrar,
Bem distante nesse o mundo tão meu…

Eu sou assim - Pedro Khima

Eu sou assim,
Sempre que ao pé de ti…
Sou mais que um só,
E cada vez mais só.
Guardo em mim
Este pouco de ti.
Para lá eu quero ir.
Para lá eu quero ir bem devagar,
Bem devagar.
Por bem longe para não mais chegar.
Sou água, terra, sou fogo e ar,
Sou sol e chuva, sou hoje e sou nada.
Mais que um só e cada vez mais só.
Sou noite, dia, sou céu e mar,
Sou morte, vida, sou hoje e sou nada.
Mais que um só e cada vez mais só.
Eu sou assim,
Mais do que um só em ti.
Sou ar de quem,
Ar de quem não sei.
Mas levo em mim
Este tanto de ti.
Eu sou assim ao pé de ti.

Esse sabor - Pedro Khima

Diz-me de onde vens
Escreve que eu não vejo
Fica tarde
Guarda-me um lugar
Nesse espaço teu
Que uma vez provei e gostei
Sento-me aqui
Diz-me que me encontras
Prendo-me aqui
Em tons de negro
Em tons do teu olhar
Que uma vez provei e gostei
E hoje o fio que nos une
É mais do que corrente
É mais do que navalha
Ferida e mastigada
É mais do que um cordel
É vendido, mais que isso, não te prende
Foi-se a sobra de sentido que uma vez provei e gostei

Esfera - Pedro Khima

Por sinal, essa esfera que me tentava sem me olhar,
Nada mais era do que um som
Que me levava a tentar fugir de ti...
sair de ti...
Uma vez mais, sem saber porquê,
Desistira de dizer:
Nao dá mais, quero mais...
Se não for assim,
Esconde esse sorriso que me faz querer matar por mais!
Mais, mais...
Quero mais...
Mais, mais...
Por isso esconde esse sorriso que me faz querer matar por mais...
Só assim dá para mim conseguir que não doa mais,
Que me deixes ir,
Que me libertes de ti,
Que não me faças sentir,
E eu não quero cair, não me posso entregar
Sem que percebas que não podes julgar,
E eu quero tentar, poder acreditar
Que o aperto cá dentro
Um dia vai acabar,
O monstro em mim não irá sucumbir,
Não desfalece por não conseguir
Que olhes p'ra mim, que me facas existir,
Por isso esconde esse sorriso que me faz querer matar por mais
Mais, mais...
Quero mais...
Mais, mais...
Por isso esconde esse sorriso que me faz querer matar por mais
Mais, mais...
Quero mais...
Mais, mais...
Por isso esconde esse sorriso que me faz querer matar por mais

De alma morta - Pedro Khima

Se um outro que não este rosto me vingar,
Se em algo mais a nova rota falhar.
Ver para além de mim,
Sem me livrar de mim.
Se uma mentira fosse um prazer carnal,
Quanto eu perdi.
Se por rasteira do silêncio me engoliu,
Se por acasos do mistério sorriu.
Ter o ciúme em mim,
Ter o ladrar em mim.
Se uma mentira fosse um prazer carnal,
Como eu caí,
E o mundo pedi em voz de quem perdeu.
Sobe e rasga o sonho,
Diz-me que tudo é mentira,
É fantasia,
Uma sombra para não mais lembrar,
Vá se lá saber.
Se de alma morta de inveja se vingou,
Se de arma sóbria de sentido matou.
Sem duvidar de mim,
Sem respirar por mim.
Se uma mentira fosse um prazer carnal,
Como eu caí,
E o mundo pedi em voz de quem perdeu.

Amar!

Eu quero amar, amar perdidamente!
Amar só por amar: aqui... além...
Mais Este e Aquele, o Outro e toda a gente...
Amar! Amar! E não amar ninguém!
Recordar? Esquecer? Indiferente!...
Prender ou desprender? É mal? É bem?
Quem disser que se pode amar alguém
Durante a vida inteira é porque mente!
Há uma primavera em cada vida:
É preciso cantá-la assim florida,
Pois se Deus nos deu voz, foi pra cantar!
E se um dia hei-de ser pó, cinza e nada
Que seja a minha noite uma alvorada,
Que me saiba perder... pra me encontrar...
Florbela Espanca

O guardador de rebanhos - Alberto Caeiro

I

Eu nunca guardei rebanhos,
Mas é como se os guardasse.
Minha alma é como um pastor,
Conhece o vento e o sol
E anda pela mão das Estações
A seguir e a olhar.
Toda a paz da Natureza sem gente
Vem sentar-se a meu lado.
Mas eu fico triste como um pôr do Sol
Para a nossa imaginação,
Quando esfria no fundo da planície
É se sente a noite entrada
Como uma borboleta pela janela.

Mas a minha tristeza é sossego
Porque é natural e justa
E é o que deve estar na alma
Quando já pensa que existe
E as mãos colhem flores sem ela dar por isso.

Como um ruído de chocalhos
Para além da curva da estrada,
Os meus pensamentos são contentes.
Só tenho pena de saber que eles são contentes,
Porque, se o não soubesse,
Em vez de serem contentes e tristes,
Seriam alegres e contentes.

Pensar incomoda como andar à chuva
Quando o vento cresce e parece que chove mais.

Não tenho ambições nem desejos
Ser poeta não é uma ambição minha
É a minha maneira de estar sozinho.

E se desejo às vezes
Por imaginar, ser cordeirinho
(Ou ser o rebanho todo
Para andar espalhado por toda a encosta
A ser muita cousa feliz ao mesmo tempo),
É só porque sinto o que escrevo ao pôr do Sol,
Ou quando uma nuvem passa a mão por cima da luz
E corre um silêncio pela erva fora.

Quando me sento a escrever versos
Ou, passeando pelos caminhos ou pelos atalhos,
Escrevo versos num papel que está no meu pensamento,
Sinto um cajado nas mãos
E vejo um recorte de mim
No cimo dum outeiro,
Olhando para o meu rebanho e vendo as minhas ideias,
Ou olhando para as minhas ideias e vendo o meu rebanho,
E sorrindo vagamente como quem não compreende o que se diz
E quer fingir que compreende.

Saúdo todos os que me lerem,
Tirando-lhes o chapéu largo
Quando me vêem à minha porta
Mal a diligência levanta no cimo do outeiro.
Saúdo-os e desejo-lhes sol,
E chuva, quando a chuva é precisa,
E que as suas casas tenham
Ao pé duma janela aberta
Uma cadeira predilecta
Onde se sentem, lendo os meus versos.
E ao lerem os meus versos pensem
Que sou qualquer cousa natural
Por exemplo, a árvore antiga
À sombra da qual quando crianças
Se sentavam com um baque, cansados de brincar,
E limpavam o suor da testa quente
Com a manga do bibe riscado.
II

O meu olhar é nítido como um girassol.
Tenho o costume de andar pelas estradas
Olhando para a direita e para a esquerda,
E de vez em quando olhando para trás...
E o que vejo a cada momento
É aquilo que nunca antes eu tinha visto,
E eu sei dar por isso muito bem...
Sei ter o pasmo essencial
Que tem uma criança se, ao nascer,
Reparasse que nascera deveras...
Sinto-me nascido a cada momento
Para a eterna novidade do mundo...
Creio no mundo como num malmequer,
Porque o vejo. Mas não penso nele
Porque pensar é não compreender...
O Mundo não se fez para pensarmos nele
(Pensar é estar doente dos olhos)
Mas para olharmos para ele e estarmos de acordo...
Eu não tenho filosofia: tenho sentidos...
Se falo na Natureza não é porque saiba o que ela é,
Mas porque a amo, e amo-a por isso,
Porque quem ama nunca sabe o que ama
Nem sabe por que ama, nem o que é amar...

Amar é a eterna inocência,
E a única inocência é não pensar...

Ser Poeta

Ser poeta é ser mais alto, é ser maior
Do que os homens! Morder como quem beija!
É ser mendigo e dar como quem seja
Rei do Reino de Áquem e de Além Dor!
É ter de mil desejos o esplendor
E não saber sequer que se deseja!
É ter cá dentro um astro que flameja,
É ter garras e asas de condor!
É ter fome, é ter sede de Infinito!
Por elmo, as manhãs de oiro e de cetim...
É condensar o mundo num só grito!
E é amar-te, assim, perdidamente...
É seres alma, e sangue, e vida em mim
E dizê-lo cantando a toda a gente!
Florbela Espanca

Olha-te ao espelho

Será que era para não se saber?
É que eu já sei e como eu muito mais gente...
Desculpa, mas alguém denunciou o teu segredo...
Esqueceste-te que isso poderia acontecer?
Já não é o primeiro segredo que tentas guardar de nós, logo de nós...
Afinal quem somos nós para ti? Uns bonecos com os quais podes brincar quando bem te apetecer? Pois então desengana-te. A tua hora há-de chegar.
Dizem que a vingança é um prato que deve ser servido frio, não é?
Olha que eu não sou vingativa, mas a paciência um dia esgota-se.
Estou farta das borradas que fazes... Eu e todos...
Será que não vês isso ou simplesmente finges que não vês?
É bem mais fácil, não é? Não precisas preocupar-te tanto...
Finges dar a cara, mas enfias-te num buraco para que ninguém te veja...
Achas-te importante apesar de não passares de um trapo velho que já não serve para nada...
Talvez as pessoas te respeitassem mais se te desses também tu ao respeito...
Bem... Fico-me por aqui... Talvez um dia acabes por te olhar ao espelho e ver a realidade... E tu devias estar bem longe de toda esta realidade...

Ponte: Chinguar - Angola

E saiu a lista de convocados para a ponte deste ano... Chinguar - Angola

Ana Raquel Bastardo – JSF Monte Abraão
Anabela Carmo Santos Pinho – JSF Fiães
Diogo Silva – JSF – Monte Abraão
Edgar Filipe Simões Duarte – JSF Freixianda
Eugénia Maria Martins Matos – JSF Raimonda
Inês Monteiro Souta – JSF Portela
João Paulo Mendonça – JSF Tires
José Miguel Pereira – JSF S. Ovídio
Maria Carolina Silva – S. Catarina F. Bispo
***Maria Filomena Marques Costa – JSF Trofa***
Maria José Magalhães – JSF Barreiro
Marta Oliveira – JSF S. Cristóvão – Guimarães
Nuno Fidalgo – JSF Monte Abraão
Paula Catarina Ponte – JSF S. Tomás Aquino
Pedro Cabrita – JSF S. Tomás de Aquino
Pedro Duarte – JSF Serra das Minas
Sónia Almeida – JSF Monte Abraão

E desejo-lhes uma boa viagem...



Quanto ao resto... Pois, pois é isso mesmo que estão a pensar e mais não digo (e depois os outros é que tal e coisa e coisa e tal... já não é a primeira... vão-se juntando num saco... um dia o saco há-de rebentar) :p

Casamentos...

Após começar uma amiga a casar decidem-se e vão todos atrás :)
Bem, como já é do conhecimento de todos, o Rodolfo e a Clementina já casaram pelo civil... Vão casar dia 25 de Abril de 2007 pelo religioso... Sim, eu sei que já tinha dito...
Mas é que ontem recebi um outro convite de casamento... Dia 5 de Abril de 2007, este em Alverca, imaginem de quem :) Da Marina :)
Depois terei o casamento da Susana, mas apenas em 2009...
A verdade é que os noivos do 3 casamentos não se conhecem, por isso não posso aplicar a primeira frase que usei para abrir este post...
Mas pronto... Eu que nunca tinha ido a nenhum casamento de amigos... Vejo-me agora convidada para 3 casamentos (e um deles já se deu o primeiro passo - civil - para o qual também fui convidada e estive presente :p )
Claro que aos 3 irei com muito gosto e com excepção do casamento da Susana (pois ela ainda não enviou convites... pessoal... o casamento é só em 2009, tenham lá calminha, sim?!). Bem, como eu estava a dizer já confirmei presença no casamento da Cleo e do Rodolfo e também no casamento da Marina e do Ricardo...
Só espero que o meu horário para o segundo semestre não me dificulte a ida ao casamento... Afinal é a minha amiga querida que vai casar :) E em Alverca... Oh Deus... :)
Estou muito feliz por ela... Mas ela sabe isso apesar de ultimamente não nos falarmos muito... Quer dizer, ultimamente até falamos porque temos trocados e-mails, mas fora isso... E estivemos juntas ontem :) Mas fora isso, desde que ela foi viver para Lisboa que nos afastamos um bocado... Apesar do carinho continuar... É uma miúda do melhor... Talvez a melhor pessoa que alguma vez conheci... E desculpem todas as outras pessoas de quem gosto muito... Mas ela aturou-me na fase da parvoseira... Somos amigas desde a adolescência... E não é fácil... Nadinha, ser e muito menos aturar um adolescente... Mesmo quando se é um :) Obrigada Marina... Por tudo... Tu sabes o quê...

Conto de Natal: O jogral de Nossa Senhora

Conta uma lenda medieval que no país que hoje conhecemos como Áustria, a família Burkhard – composta de um homem, uma mulher, e um menino - costumavam animar as feiras de natal recitando poesias, cantando baladas de antigos trovadores, e fazendo malabarismos para divertir as pessoas. Evidente que nunca sobrava dinheiro para comprar presentes, mas o homem sempre dizia a seu filho:
- Você sabe por que a sacola de Papai Noel não se esvazia nunca, embora haja tantas crianças neste mundo? Porque embora ela esteja cheia de brinquedos, às vezes existem coisas mais importantes para serem entregues, os chamados “presentes invisíveis”. Em um lar dividido, ele procura trazer harmonia e paz na noite mais santa da cristandade. Onde falta amor, ele deposita uma semente de fé no coração das crianças. Onde o futuro parece negro e incerto, ele traz esperança. No nosso caso, quando Papai Noel vem nos visitar, no dia seguinte estamos todos contentes de continuarmos vivos e fazendo nosso trabalho, que é de alegrar as pessoas. Jamais esqueça isso.
O tempo passou, o menino transformou-se em rapaz, e certo dia a família passou diante da imponente abadia de Melk, que acabara de ser construída.
- Meu pai, lembra-se que há muitos anos você me contou a história de Papai Noel e seus presentes invisíveis? Penso que certa vez recebi um destes presentes: a vocação de tornar-me padre. Embora precisassem muito da companhia do filho, a família entendeu e respeitou o desejo do filho. Bateram na porta do convento, foram acolhidos com generosidade e amor pelos monges, que aceitaram o jovem Buckhard como noviço.
Chegou a véspera do natal. E justamente naquele dia, um milagre especial aconteceu em Melk: Nossa Senhora, levando o menino Jesus nos braços, resolveu descer à Terra para visitar o mosteiro.
Orgulhosos, todos os padres fizeram uma grande fila, e cada um postava-se diante da Vigem, procurando homenagear a Mãe e o Filho. Um deles mostrou as lindas pinturas que decoravam o local, outro levou um exemplar de uma Bíblia que havia demorado cem anos para ser manuscrita e ilustrada, um terceiro disse o nome de todos os santos.
No último lugar da fila o jovem Buckhard aguardava ansioso. Seus pais eram pessoas simples, e tudo que lhe haviam ensinado era atirar bolas para cima e fazer alguns malabarismos.
Quando chegou sua vez, os outros padres quiseram encerrar as homenagens, porque o antigo malabarista não tinha nada de importante para dizer, e podia desmoralizar a imagem do convento. Entretanto, no fundo do seu coração, também ele sentia uma imensa necessidade de dar alguma coisa de si para Jesus e a Virgem.
Envergonhado, sentindo o olhar reprovador dos seus irmãos, ele tirou algumas laranjas do bolso e começou a jogá-las para cima e segurá-las com as mãos, criando um belo círculo no ar, igual ao que costumava fazer quando ele e sua família caminhavam pelas feiras da região.
Foi só neste instante que o Menino Jesus começou a bater palmas de alegria no colo de Nossa Senhora. E foi para ele que a Virgem estendeu os braços, deixando que segurasse um pouco a criança, que não parava de sorrir.
Paulo Coelho

quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

Calendário de exames

E já saíram as datas dos exames...
Só agora... Tem algum jeito?
Ainda por cima é tão chunga...

Fase 1:
14/01 - 18h - SIVP
16/01 - 17h - BMC
18/01 - 10h - Micro
10/01 - 10,30h - Anatomia
21/01 - 16h - Biofísica
23/01 - 16h - Bioquímica

Fase 2:
29/01 - 10h - BMC
30/01 - 10h - Bioquímica
30/01 - 18h - SIVP
31/01 - 16h - Micro
01/02 - 10,30h - Biofísica
02/02 - 10,30h - Anatomia

Fase Recurso:
11/02 - 10h - BMC
12/02 - 10,30h - Biofísica
12/02 - 18h - SIVP
13/02 - 10h - Bioquímica
15/02 - 14h - Anatomia
16/02 - 10h - Micro

SIVP = Seminário de Integração à Vida Profissional
BMC = Biologia Molecular e Celular
Micro = Microbiologia e Parasitologia
Anatomia = Anatomo-Fisiologia I

Pronto, e aqui está o calendário...

quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

SIVP

Sim, é natural que se estejam a perguntar o que quer dizer as siglas do título deste post... Eu passo a explicar...
É uma das cadeiras que tenho no 1º semestre do 1º ano do meu curso, Dietética...
Seminário de Integração à Vida Profissional...
E o que tem isso a ver com a imagem abaixo exposta, a pirâmide alimentar?
É que nessa cadeira tivemos de fazer um trabalho, um poster...
E o meu grupo ficou com o tema "Consumo de frutas e legumes dos estudantes do IPB"... Com isso, o meu grupo "Trifásicas" fomos para a cantina do IPB fazer um inquérito... Tínhamos 100 inquéritos e conseguimos mobilizar vários estudantes... Quase que faltaram inquéritos para os interessados em preencher, mas claro que, como tudo na vida, também houveram aqueles (sejamos sinceros, maior parte raparigas) que nos davam uns "não" bem redondos e por vezes estúpidos...
Lá fizemos o nosso poster e apresentamos na aula de segunda feira... Resultados... Apenas em Janeiro na próxima aula...
E já agora deixo uma recomendação:
Consumo diário de frutas recomendado: 2-4 peças.
Consumo diário de legumes (incluindo saladas, legumes cozidos e sopas) recomendado: 3-5 porções.
Sigam as recomendações e vão ver que o vosso coração agradece :)
Por um coração saudável :)

Férias


Faculdades

Olá...
E já estou na Trofa...
Fui quase que obrigada a entrar de férias mais cedo... Pois era para regressar apenas amanhã a casa... Mas motivos de força maior fizeram-me regressar mais cedo...
Bem... Férias? Na verdade não sei se poderei chamar férias... Pois tenho imenso que estudar...
Uma boa novidade que tenho a contar nem sequer tem a ver comigo...
O meu irmão também entrou na faculdade...
Telefonaram-lhe segunda a dizer para se ir matricular...
Estou a ver que afinal este final de ano está a revelar-se um bom final de ano... Nem tudo pode ser mau na vida...

segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

Notícias directas de Bragança

E assim começa a minha quarta semana em Bragança...
Também é hoje o dia de aniversário do meu maninho :)
Os meus muitos parabéns :)
Vou ter uma aula extra de SIVP neste momento. Pelo menos desta vez a professora aí está...
Qual o balanço destas semanas que passaram?
Positivo... É verdade que é muito complicado entrar na altura em que eu entrei, mas com um pouco de esforço e força de vontade penso que tudo se consegue...
Comecei a assistir às aulas numa quarta e na quinta tive logo mini teste... Foi um stress autêntico, pois nem sequer a matéria tinha ainda...
Nesta quinta vou ter um teste (não sei bem qual o grau de exigência desse teste), é de Bioquímica... Vamos a ver como corre... Tenho ainda que estudar, pois este fim de semana não tive tempo para pegar no material de estudo, e o que estudei na semana passada... Bem, já é passado...
E mais novidades?
A minha turma, pelo menos para já é fixe... A ver vamos daqui para a frente...
As minhas companheiras de casa são fixes... Uma trabalha no Fórum cá de Bragança e a outra é de Engenharia Alimentar 2º ano... Que é com quem me dou super bem... Espero que as coisas continuem assim!!
Praxes? Não... Pelo menos para já não... Ouvi dizer que seremos praxados no segundo semestre, ao mesmo tempo que a turma de enfermagem que começa no segundo semestre...
E fora isso penso que não há mais nada a dizer...
Fui este fim de semana a casa... Houve um jantar em minha casa com amigos, e troca de prendas de natal... Foi muito fixe, correu muito bem!!
E agora sim, penso que fico por aqui...