quinta-feira, 15 de março de 2007

Crítica...

Qualquer ser humano, por mais equilibrado e maduro que seja, não recebe uma crítica com facilidade. Quando trabalhamos, enfrentamos projetos e os idealizamos, esperamos ao máximo uma palavra de encorajamento, um elogio, principalmente quando temos plena consciência de que o trabalho feito foi bem produzido, elaborado, com o desejo de melhor aceitação. Contudo, todas as coisas existentes e não-existentes deste mundo sofrem ou sofrerão uma não-aceitação, pois ninguém está totalmente satisfeito com o que vê, come, lê, ouve. Há uma degradação no olhar humano e, junto a ela, uma busca desenfreada pelo perfeito, pelo sublime, devido ao medo da crítica e principalmente dos "achamentos". Quem "critica" com intuito de mostrar-se aberto a ideias, visando sinceridade e ajuda, somente ganha. Ganha pois não está fuzilando o trabalho "criticado", não o menospreza como se aquilo fosse menor que o crítico. Mas como para tudo há dois lados, algumas pessoas se colocam em posições majoritárias, acreditando que podem criticar sem ter fundamentos ou base para isso. A "crítica" é a construção de algo que pode ser aprimorado, mas depende muito de quem faz e de quem recebe. Se criticam o meu trabalho e eu considerar tal crítica irrelevante e impertinente, não vou dar a importância que tanto o crítico quis obter da minha pessoa. Se eu tenho consciência de que algo está bom, não preciso da opinião alheia, ninguém precisa de opiniões para ter a própria. Cada um tem a sua e não necessita viver seguindo paradigmas e ouvindo qualquer lixo que, por ventura, possa entrar pelos ouvidos. Já não acredito em "críticas construtivas", e sim numa grande desvalorização de um trabalho bem feito. Quem não tem uma base para criticar não deve abrir a boca, e seria ainda melhor se este tipo de gente não abrisse os olhos. Porque, no fundo, pessoas que criticam pelo prazer de rebaixar um trabalho alheio o fazem por ver-se "menor". Quem não sabe fazer críticas e se vê como flagelado de espírito, pobre no mesmo sentido e fracassado no mesmo âmbito no qual criticou, é porque não tem como abstrair o ódio que sente por "não ser como" fulano. Ou beltrano. A palavra crítica já parece difícil, ácida. O sucesso de um bom trabalho, reconhecido e realizado, deve doer para os fracassados que, por ficarem estagnados na própria loucura, não vêem mais a bela obviedade que paira diante de suas mentes vazias, pobres e infelizes.

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