sábado, 25 de abril de 2009

Se soubesses...

Porque será que quando finalmente evaporas do meu pensamento alguém faz questão de me relembrar da tua existência? Mas será que ainda não deu para entender que não pertences à minha vida? Não porque eu não queira, mas porque tu não queres...
Porque apareces para tão depressa desapareceres?
Porque apareceste no funeral da minha mãe? Porque me deste aquele abraço sufocante que apesar de não querer, sabia que não voltaria a ter outro igual? Porquê? Porque fazes isto na minha vida? Decide-te. Ou entras e ficas de vez... Ou sais e dasapareces para sempre...
Eu sei, eu sei que neste caso a culpa não é tua, tu desapareceste sim... Alguém é que não deixa que isso aconteça definitivamente... E assim vais entrando e saindo da minha vida mesmo que seja só no meu pensamento...
Mas eu não quero nada disso para mim, não quero nada disso para a minha vida...
Podes voltar a aparecer se a tua intenção for ficar... Não te direi que não se vieres falar comigo... Mas eu não... Eu não voltarei a dar o primeiro passo... Não, para mim chega...
Não quero mais humilhar-me... Não posso permitir isso para mim... Afinal foste tu quem se afastou, és tu quem tem de dar o primeiro passo, se ainda houver passo algum que seja a dar...
Porque perguntas por mim aos outros e não mo perguntas a mim mesma... Eu respondo-te... Mas tens de me perguntar... E podes fazê-lo, a sério que podes...
Por vezes penso se estarei certa ao manter-me fiel à minha promessa de não te falar sem que me fales ou se será pura teimosia... Mas por mais que até me possa apetecer falar-te, já sei que não obterei resposta e então penso... Para quê? Para quê humilhar-me? Oh... Porquê, porquê? Porque tem de ser assim?
A Liliana disse-me que estás igual àquela altura em que fomos acampar; que é só casa trabalho... Mas... E de quem é a culpa? Tua, somente tua. Porque puseste de lado os teus amigos, aqueles que poderiam ser teus amigos e aqueles que mesmo não sendo teus amigos gostavam de ti... Porque finalmente descobriste que aqueles a quem chamavas "amigos" queriam na verdade "comer-te", queriam na verdade diversão, que não eram sinceros e que não estavam lá quando precisavas... Mas esta história já a sabes tão bem...
Pena? Não, nem isso sinto por ti... E posso dizer-te que, apesar de ainda algumas vezes me lembrar de ti, destruiste o carinho que sentia por ti exactamente na semana a seguir ao funeral da minha mãe... E já lá vai 1 ano e quase 3 meses...
1 ano e 3 meses...
Surpreende-me...
Sei que não lerás esta mensagem, mas se o fizeres... Supreende-me... Fala-me... Se quiseres, claro...



Mesmo que não me vejas...
Estarei te olhando...
Mesmo que não me toques...
Estarei te sentindo...
E por onde passares...
Estarei te seguindo...
Sabe por quê?
Porque mesmo longe não te consigo esquecer...



Palavras ditas ao vento, situações sugeridas sem saber, à espera que um dia se tornem realidade.

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