domingo, 23 de dezembro de 2007

De alma morta - Pedro Khima

Se um outro que não este rosto me vingar,
Se em algo mais a nova rota falhar.
Ver para além de mim,
Sem me livrar de mim.
Se uma mentira fosse um prazer carnal,
Quanto eu perdi.
Se por rasteira do silêncio me engoliu,
Se por acasos do mistério sorriu.
Ter o ciúme em mim,
Ter o ladrar em mim.
Se uma mentira fosse um prazer carnal,
Como eu caí,
E o mundo pedi em voz de quem perdeu.
Sobe e rasga o sonho,
Diz-me que tudo é mentira,
É fantasia,
Uma sombra para não mais lembrar,
Vá se lá saber.
Se de alma morta de inveja se vingou,
Se de arma sóbria de sentido matou.
Sem duvidar de mim,
Sem respirar por mim.
Se uma mentira fosse um prazer carnal,
Como eu caí,
E o mundo pedi em voz de quem perdeu.

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