segunda-feira, 2 de abril de 2012

Hoje

Hoje sinto-me estranha.
Não sei definir ao certo o que e como me sinto.
Apenas sei que é estranho...
Entre outras coisas... Gostava que um certo capricórnio que se dá melhor com máquinas do que com pessoas sequer se lembrasse que eu existo... Por que será que ele vive em mim? Não. Chega. Pára. Eu não quero viver assim. Não quero. Isto não é gostar. Não pode ser... Parece mais uma obsessão, uma fantasia da minha cabeça... Ele é real, bem real, mas vive no mundinho dele. Num mundo onde entrar não é privilégio de qualquer um.
Sinto-me sozinha. Nada parece que me completa. Que se passa comigo? Tenho quase 30 anos e ao olhar a minha vida sinto um vazio enorme. Não tenho nada. Não sou ninguém. Essa sou eu no dia de hoje e talvez na maioria dos dias, principalmente quando me tento enganar a mim mesma...
Algo realmente inesperado é o que a minha vida está a precisar. Um amor, talvez; andar a mil à hora; sorrir por tudo e por nada; querer dançar na rua; cumprimentar o desconhecido; abraçar o mundo; falar contigo...
Por que será que sinto este vazio em mim? Será que nunca me vou sentir completa?
Hoje, numa conversa com uma tia, falou-se sobre filhos... Será que os irei ter? Gostava muito, mas a verdade é que a cada dia que passa e cada vez mais sinto uma ponta de desgosto ao pensar e perceber que os dias passam e a minha vida é o que é...
Casais passam por mim. Uma ponta de inveja e ciúme se apodera de mim. Será que um dia eu serei um desses casais?
Sinto que vivi toda a minha vida em função dos outros, em função da opinião dos outros, tentando agradar os outros, tentando ser quem os outros queriam que eu fosse e acabei por me esquecer de me divertir, de ser quem eu deveria ser, de ser quem eu queria ser, e em especial, me esqueci de viver...

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