quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Meu tio nas mãos de Deus

Tantas coisas bonitas se disseram, mas nada faz diminuir a dor...
Assim que o meu pai me disse eu fiquei desnorteada, primeiro não sabia onde estava, que dia era nem tão pouco as horas, depois não acreditei, fiquei estática... E finalmente a consciência e as lágrimas... A coragem, a força para enfrentar a realidade e ir ao encontro de quem mais precisava do meu apoio...
Os dias foram passados numa anestesia total, inacreditável... E de quando em quando as lágrimas, a dor, a realidade...
Lindo o gesto das filhas ao entregar ao pai o desenho da Maria, o brinquedo da Leonor e os carapins do Tomás... Lindo o poema que a esposa leu na missa...
Numa nuvem lá estavas tu, mãe, a esticar a mão ao teu irmão...
Ainda anestesiada, sentida, dorida... Mas tentando ter coragem para seguir em frente... Nunca pensei que me fosse afectar tanto como afectou...

Sem comentários:

Enviar um comentário