segunda-feira, 2 de abril de 2007

Livro Aberto...


De livro aberto
Com folhas desperto
Me movo sem cansaço
Com papel no regaço
Me relaxo e ultrapasso
Enquanto marco o passo
Através de folhas me confesso
Dolorosas letras com frente e verso
Pensamentos dispersos
Não creio no mundo sem letras
Sem capas e frases tormentas
Só creio em dias letrados que o são
Vozes roucas de coração
Pensamentos famintos
Que embutem o ego
Pergaminhos únicos nos quais escorrego...

Porque estão lá
Porque eu fui
Porque me movi num mar que se dilui
De pensamentos sem voz
De momentos que de um mar sã0 a foz
Por casas construídas com vidas moldadas
Passos bem evidentes nas folhas que são calçada
Me mostro como desgosto
Disfarço porque não posso medos e desejos
Despojos atirados de penedos
Onde ondas másculas num mar refinado
Viram páginas para o outro lado.

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