segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Silêncio


Costumo lembrar mais o silêncio de palavras não ditas do que dos sons, dos gritos que não se queria dizer. Palavras não são imortais, não para mim. Palavras não significam verdade. Gosto de ouvir o que não é sonoro, descobrir o que não é óbvio. Fugir do que é dito. Olhar sorrisos, acompanhar olhares, sentir abraços. Tento não falar demais, não quero deixar de ver, perder pequenos sinais. Quero ver as pessoas além do que elas querem mostrar, para entendê-las. Para saber como mantê-las ao meu lado. Para manter-me ao lado delas. Quero viver sonhos, abrir portas e janelas. Viver anos e beber eternidade. Gosto do que é belo. Amo o que é real. Ver. Sentir. Tocar. Não quero ouvir. Pouco falar.
Silencio.

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

De repente...

"E, de repente, sem mais nem menos, acabou-se tudo. Acabou tudo o que alguma vez sentira por ele. Todo o temor, todo o respeito e todo o desejo de lhe agradar. Acabou. E acabou tão repentinamente que, por momentos, fiquei ali especada a tentar perceber o que me tinha acontecido. Era como se alguém tivesse desligado o interruptor. Não me desapaixonei, nem deixei de desejá-lo. Mas algo que existia entre nós tinha deixado de existir."
(retirado confesso que não sei de onde!)